segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A gente SEMPRE se acostuma...

Texto: MESMA, eu.

Revisão: NERD, o.

Acabamento final: nenhum, porque sou teimosa e não mudei nada, mesmo o nerd falando que tinha alguns erros ortográficos! =P

Acabei de jogar e ia dormir! Pensei: "credo, como este findi passou rápido! Hoje nem falei com meu nerd..." No mesmo instante veio esse texto na minha cabeça (A gente se acostuma) e percebi que temos tendência a nos acostumados com o afastamento das pessoas, com o fato de não ser mais aquela paixão arrebatadora do começo, mas eu não sou assim! Nunca me acostumei com isso, e quando terminava por conta disso depois ficava pensando se agia errado, se o problema de nunca estar satisfeita era comigo, se eu que era a errada da história!

Mas não, eu acredito numa conquista diária! Não nasci pra ter uma vida mais ou menos! Sou atenciosa e gosto de atenção! Se a pessoa é atenciosa pra conquistar, tem que continuar sendo atenciosa pra segurar e não se trancar na sua zona de conforto! Gosto de desafios e atenção, muita atenção... é isso eu sei, mas não deveria! =P

Ou deveria? ^^

Não estou falando que quero um amor sufocante, não sou possessiva, mas um amor que resista aos dias difíceis, a minha TPM, a minha quinzena de provas, artigos, aos momentos tristes com meus cotocos, minha preocupação com a comunidade que trabalho... Enfim, quero liberdade em alguns finais de semana pra ficar com meu pijama e abraçadinha no meu Darth Vader! Quero que entenda que ser conquisador não signifique ser onipotente! Sou a favor da autonomia e independência, afinal seremos sempre dois! ;)

Segue o texto pra que você leia mas jamais se acostume:

(Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.)

"A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma."

E você, quer um amor mais ou menos ou vai se dar a chance de encontrr alguém que te trate com prioridade, alguém que queira criar laços e que acima de tudo conquiste o mundo com você ?

Eu quero! o/ xD

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